Numa noite qualquer da época 93/94, o SLB recebeu o Sporting na Luz. Na sequência dum canto marcado na esquerda, Figo eleva-se entre os adversários e cabeceia para o golo inaugural desse dérbi. Punho direito no ar, a raiva transbordante, a explosão emocional, o abraço colectivo, um nome gritado em uníssono: Cherba!
Hoje vi-o no Jornal da Tarde da RTP1 de cachecol verde e branco ao pescoço e recuei 15 anos no tempo. Lembrei o extraordinário golo que marcou ao Beira-Mar em Alvalade, as arrancadas com que ajudou a URSS a dizimar a Espanha no S. Luís em 1991, a magia que emprestava a um meio-campo composto por ele próprio, Peixe, o já referido Figo e o mago Balakov. Os tempos em que ser do Sporting era uma ilusão e um orgulho que sobrepunha-se aos insucessos do Leão.
Revi o Cherba na televisão, cachecol verde e branco ao pescoço e a falar português correctamente. Senti o entusiasmo que ele nutre pelo Sporting, tal e qual a paixão visceral que os sportinguistas alimentam pelo seu Clube. Revi-me nele, um adepto afastado das suas cores mas com um coração que sofre como nunca rogando vitórias. O Cherba não sabe por quem há de puxar, se pelo Shakthar onde nasceu e cresceu ou se pelo Sporting onde se fez homem e cujos valores aprendeu a amar.
Ao ver o Cherba de cachecol verde e branco ao pescoço e ao ouvi-lo falar do Sporting com tanto amor regresso 15 anos no tempo e junto-me à maralha da Escola do Carmo e do Largo da Caganita para ver jogar o meu clube, rir com eles, chorar com eles pelo meu, deles, nosso clube.
Força, grande Cherba! Força, grande Sporting! Vence por nós!
edit: És o maior, Levezinho! q:D
1 comentário:
figo, cherbakov, balakov e... queiroz... acho que nao vale a pena dizer mais nada.
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