segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O fim dum outono de tréguas

Outono 1 Este não é um artigo que consista na queixa e no choro porque a temperatura está a descer nem coisa que o valha, isto é apenas um desabafo de quem vê as tropas do General Inverno a aproximarem-se perigosamente do seu último reduto vendo os seus capitães Frio e Vento a comandar o pelotão. É importante frisar que o outono tem sido muito simpático e que não tem fustigado os polacos com invernias precoces nem com despejos de neve como em outonos pretéritos, um choque psicológico, quando regressei de Faro na primeira semana de outubro deixando o Algarve com 14º e vim encontrar o mercúrio da minha varanda abaixo de zero. Nada disso, nem um dia de chuva se registou após a minha reentrada este ano e não tenho como reclamar do pós-verão.

Mas vê-se já um pavimento de folhas caducas a dar o mote às condições climatéricas que se avizinham e a consequente irritação e neura, umOutono 3 estado de impertinência que se instala e demora a combater. Antevejo  as manhãs de despertares lentos e escuros com geada a cobrir os pára-brisas dos carros, ideias perras e difíceis de arrancar, tudo isso já está à porta de casa. É uma inevitabilidade da situação geográfica da Polónia, o clima temperado continental manda frio do grosso depois dos banhos atlânticos e não há como fugir com o rabo à seringa. Assim sobra-nos ir amadurecendo a ideia que o briol está a chegar e que a penumbra vai cair sobre o país a curto trecho, particularmente depois da mudança da hora, situação que encurta ainda mais o dia na questão das horas de claridade.

As noites estão mais frescas, o vento sente-se mais desagradável mas pronto, ainda não nevou e isso tem sido uma maravilha!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Porque é que…

  • Os polacos se gabam de ser condutores formidáveis quando bloqueiam a faixa da esquerda a 10km/h e não respeitam nenhuma passadeira de peões?
  • Eles abrem portas às senhoras, dão-lhes o lugar no autocarro mas nunca dão os "bons dias" no elevador?
  • Juntam 700 e tal especiarias num guisado, atascam uma costeleta grelhada em molhos e desaprovam a cozinha portuguesa por ser muito gordurosa?
  • Se forram e agasalham-se em outubro como se já fosse fevereiro e destapam-se em abril como se já fosse julho?
  • A juntar, levam o ano inteiro a reclamar do tempo, que nunca mais chega o verão mas quando ele chega começam a dizer que faz calor demais?
  • Ainda o tempo, queixam-se do frio quando é para jogar à bola mas saltitam alegremente da cama às 4:00 da matina para apanhar cogumelos no meio da cacimba do bosque e passeiam tranquilamente o cãozinho à meia-noite quando estão -80ºC na rua?

    Têm dificuldade em lidar com o imprevisto, a surpresa, a contingência e que quando o plano muda o polaco crasha e tem de fazer reboot?
  • Curtem aqueles sapatos com as pontas arrebitadas, irritantemente puxadas para cima, quase que dá para servir de abre-latas de barris de cerveja?
  • Traduzem tudo quando falam outra língua, nomes inclusivé: "I talked with Kate and she said she's going out with Margret and Agnes tonight" não podendo deixar de achar interessante perguntar como traduzem nomes tipo Przemysław ou Zbigniew?
  • Criticam ferozmente os países vizinhos que violam os direitos humanos mas são incapazes de respeitar os mais básicos direitos do consumidor?
  • Eles são geralmente feios, elas são geralmente muito bonitas?
  • Conseguiram fabricar batatas fritas com sabor a lima e pimento... que até se comem bem?

Batatas fritas de lima

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Na Polónia sê Polaco - 12

Pedra Não sei se na Polónia há matanças de porco como as de Portugal, aquelas em que parentes e vizinhos se juntam de manhã cedo, começam logo a despejar medronheiras e atacam a pocilga já muito prejudicados pelo maligno, tentando perseguir o suíno escorregadio que lhes foge entre os dedos. Às vezes as pernas cedem ao álcool e lá vai um chapanço na trampa, um inconveniente para o protagonista da façanha mas um pagode para os outros que dão assim uma folguinha ao bácoro antes da investida final que invariavelmente culmina com facada certeira na papada e a conversão do simpático animal em refeição dos guerreiros e convidados. As primeiras partes das matanças jamais foram do meu agrado, nunca quis ver o bicho ser morto e fui a muitas matanças na casa do meu amigo Nelson, caçador da serra do Malhão e especialista em pabulagem como todo o que se preze, onde tinha sempre um lugar à mesa dele, uma mesa farta de febras, enchidos, costeletas, fumados e outros quitutes do género. Este meu quase irmão sempre foi um boa-boca e eu um seu escudeiro, uma ocasião fomos à inauguração de um supermercado em Faro convidados pelo responsável do talho e o apuro da tarde saldou-se em 17 costeletas de porco grelhadas para cada um sendo que só parámos porque as pessoas queriam levantar a mesa. Uma alarvidade, dizem uns, uma tarde bem passada, diríamos nós.

Esta prosa toda a propósito duma cerimónia a que fui convidado (sem alternativa), o encontro anual da família da Ewa,Caixa um evento que reúne qualquer coisa como 60 pessoas à mesa. Um acontecimento de algum protocolo do qual fazem parte a assinatura da folha de presenças, a consulta do álbum de fotos dos encontros pretéritos com a consequente pesquisa de tias-avós que só se vêem uma vez por ano, a prova das pomadas caseiras que vão do vinho novo sempre muito generoso à mais rija aguardente de ameixa passando por licores de cereja e frutos silvestres cada qual mais doce e mais graduado que o outro. Um primo da Ewa serviu-me um niquinho de licor, só um sopro, eu não podia beber mais porque estava de serviço ao volante e a ramona aqui não facilita nesse tema, e como me soube a maravilhas logo o primo avisou do grau do xarope, 60% de emoção e o cálice imediatamente afastado para evitar conflitos institucionais. Havia também uma árvore genealógica que recua até ao séc. XIX e que tinha um espaço guardado para o tipo com o nome esquisito, o visitante do Ocidente, o primeiro sinal de globalização naquela floresta de genes eslavos. Agora que rubriquei a minha presença pode ser que figure na próxima edição dos cadernos. Entretanto nos fogareiros caíam salsichas e morcelas, nacos do cachaço e do lombo, pão caseiro e saladas de pepino para acompanhar, uma delícia de carnes, um pavor de verduras.

Momentos altos do certame, o desenterro da garrafa de vodca que tinha sido refundida no ano anterior e que tinha passado aquele tempo todo debaixo da terra, sob chuva, neves e vento, guardada por uma pedra ancestral. Essa pesada pedra foi retirada por dois ou três dos homens mais novos sob a supervisão atenta e interventiva dos anciãos, mais para a esquerda, força rapazes! Eu não participei porque ainda tenho apenas o estatuto de observador e limitei-me a dar apoio na logística, afastar ervas por exemplo. A caixa foi resgatada e o conteúdo recuperado, garrafa encetada e todos beberam da e vodca!mesma aguardente, homens e mulheres, jovens e velhos, o mesmo espírito e a mesma filosofia. Um tio viu-me meio encavacado e perguntou-me se já tinha bebido estendendo-me o copo depois de ouvir a resposta. A vodca estava quase gelada, escorreu que parecia água, hei-de meter uma garrafa de medronho no frigorífico para ver se faz o mesmo efeito.

Ao cair do sol a família começou a desmobilizar, nós também levantamos ferro porque depois daquela tempestade de carne a única visão que nos dava gosto ter era a do nosso sofá aberto e assim se cumpriu mais uma etapa de integração aparentemente com bons resultados, os primos ficaram agradados por eu ter conversado (oh, um estrangeiro que fala polaco!), os parentes homens beberam comigo e a futura sogra chamou-me à parte para me dar um taparuére de banha caseira com torresmos. - Sei que a Ewa não gosta disto mas acho que tu gostas -  disse ela quase em voz de conspiração como se estivesse a contrabandear o produto, Mas é verdade, gosto da banha e fiquei satisfeito por a senhora se ter dado ao trabalho de separar um pedacinho para mim. Sempre ouvi dizer que mais vale cair em graça do que ser engraçado.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Parece fácil…

Pergunta da Marta numa aula de V semestre:

- Fotocopiadora é o nome da máquina que faz fotocópias?

O professor, em tom solene, sentencia:

- É.

A Marta leva a borracha do lápis à boca e começa a mastigá-la com cara de quem não está convencida da resposta. Pergunto-lhe:

- Alguma dúvida?

Ela, com o ar mais cândido e doce do mundo olha para mim e dispara:

- E como se chama a pessoa que faz as fotocópias?

Eu, numa vã tentativa de disfarçar o embaraço em que a questão me colocou e para evitar a sobreposição de conceitos, invento:

- Operadora de fotocopiadora.

A Marta arregala os olhos, eu percebo imediatamente que foi pior a emenda que o soneto e atalho:

- Secretária, Marta. Secretária.

As alhadas em que esta gente me mete…

domingo, 16 de outubro de 2011

E amanhã já é segunda

Universidade de Varsóvia Alguns filósofos gregos diziam que cada um de nós já nasce com todo o conhecimento e que só temos de lembrarmo-nos, tese com a qual não concordo porque à data do meu nascimento não havia garantidamente nenhum recanto do meu cérebro que tivesse informação sobre gramática polaca passível de ser recordada décadas depois. Talvez porque no antigo dos tempos houvesse menos coisas para aprender e entender os gregos dispusessem de mais vagar para pensar, raciocinar e postular sobre o que observavam, coisa que eu também fazia não há muito tempo, hábito saudável de que tive de abdicar em favor duma maior carga horária de trabalho - o cifrão é quem mais ordena. Já não tenho tempo para me sentar a ver o vaivém de almas a saírem dos túneis de comboio e metropolitano como se tivessem sido vomitadas pelas composições cansadas de mastigar tão maçador e indigesto alimento, nada disso. No meu mester a coisa é de extremos, maré cheia e maré vazia, ou bem que fome ou bem que fartura, desde meados de julho que não folheava manuais nem assinava contratos, que não corria atrás de elétricos nem acordava antes do sol mas essa era já se finou, o vazio na grelha do horário está bem preenchido e é tempo de virar frangos, sete, oito ou oito horas e meia por dia a disparar regras e exceções, conceitos e definições com vagar só para molhar a goela e chupar um drope de menta entre salas e corredores. A coisa tornou-se mais apertada em virtude dum convite daqueles irrecusáveis, uma proposta dum "grande", o contrato da vida: A excelsa instituição que é a Universidade de Varsóvia reconheceu em mim capacidades bastantes para que constasse no seu corpo docente e abordou-me para que colaborasse com eles. Não se diz que não à Universidade de Varsóvia, por isso aceitei inchado de orgulho e honra tão ilustre convite e eis-me dum momento para o outro a passar portões ilustres, sentar-me frente a turmas de vinte e tal jovens que me tratam na terceira pessoa. Não pude esconder a impressão que me causou pedir as chaves na portaria, subir as escadas, enfiar a chave na fechadura e abrir a porta de uma sala, não qualquer sala mas uma sala da universidade mais conceituada do país. Olhei para as mesas e cadeiras, quantos líderes terão estudado nelas, quantos decisores terão por ali passado, quanto saber, quanta ciência, quanto conhecimento terá sido transmitido e apreendido dentro daquelas quatro paredes? Estava eu absorto e maravilhado com a minha nova realidade quando tocou para a entrada e os alunos ordeiramente trataram de ocupar os seus lugares, o espetáculo ia começar.

Rodos Passei as férias do verão em Faro, como é hábito e costume, mas também dei um salto à Grécia para me estender sob o sol mediterrâneo da ilha de Rodes. É importante conhecer além dos limites do nosso jardim e assim aproveitei uma promoção de último momento para adicionar mais um país e um povo à minha lista. Lá conheci o senhor Andreas, cinquentão de Atenas, cabelos anárquicos, barba descuidada, barriguinha de quem está de bem com a vida que, depois de uns tiros de tequila, me contou a sua história de vida, ele que foi engenheiro aeronáutico até se ter saturado do trabalho e ter montado uma fábrica de rótulos, posteriormente um restaurante e mais outro, logo três, todos em Atenas. Um dia estava a passear pela ilha de Rodes e viu uma enorme praia deserta sem vivalma por perto, teve a ideia de ali construir um bar, solicitou informações, pediu licenças e ergueu o Mojito Bar de madeira e palha. O estabelecimento é modesto, a eletricidade é fornecida por um gerador a diesel que está atrás da casa de banho, como a casa fica afastada da civilização - a esposa e filha moram na cidade de Rodes que fica a mais de 60km - o dono dorme numa rulote que não deve conhecer outro pouso há muitos anos. Nestas condições passa o sr. Andreas sete meses por ano, de maio a outubro. Quebrados alguns pudores, a tequila é um solvente de barreiras sociais, decidi atacar o tema que mais me estava a dar comichão:

- Ó sr. Andreas, mas isto rende alguma coisa?

- My friend - respondeu ele num ingrego de vogais abertas e érre carregado, os olhos fundos a fugirem do fumo do cigarro que mora permanentemente pendurado na boca - O ano passado faturei 200.000 euros, os meus empregados ganham 1500 por mês fora as gorjetas. Não tenho um tostão, só não rebento o que vai para os estudos da minha filha. Amanhã? Eu vivo hoje, amanhã não sei se vem uma tempestade e leva a barraca para o mar ou se me dá um ataque cardíaco. Vive o hoje, my friend, o que vier amanhã virá.

Aí parei e fiz contas. - Um mês de trabalho de verão naquele bar, 10 horas por dia, pagava-me três meses de renda de casa em Varsóvia.Misha na caipira Hmmm… No fim da noite, eu e ele cheios de tequila e mojitos, ele ofereceu-se para nos levar ao hotel, uma marca da generosidade que já tinha demonstrdo ao deixar-me preparar caipirinhas para os meus amigos e de me ter dado uma garrafa de Bacardi Lemon (ele tem contrato de exclusividade com a marca e na Polónia não há esta versão do rum).

Comparar a vida doida que levo agora com a despreocupação deste senhor, tranquilo e sereno, sorvendo tequilas e fazendo mojitos ao ritmo da calmaria que há naquela baía, pensando que não me importava nada de fazer o que ele fez, mandar tudo dar uma grande volta e fazer do relaxe modo de vida. Os gregos, o sr. Andreas e os outros que conheci, fizeram-me recordar dos portugueses há 15 anos, alegres e hospitaleiros, abertos e comunicativos. Os meus compatriotas agora estão mais tristonhos e cabisbaixos, não riem tanto, não celebram tanto. Percebo porquê, a vida deles não está para festas nem para foguetes. Os gregos, porém, têm muito mais problemas do que os portugueses e continuam a gozar a vida, a beber o vinho e a cantar como se fosse o último dia das suas vidas. Se calhar até será, no estado em que estão as finanças do país ninguém aposta um euro em que a Grécia chegue ao Natal. Se calhar é por isso que cantam e dançam, para afastar o pessimismo. Se calhar é por andarem e terem andado a cantar e a dançar que o país está nos apuros em que está, não sei.

Sei que a excelente Universidade de Varsóvia conta de novo comigo amanhã a partir das 9:45 da manhã para ensinar Português aos futuros timoneiros da Polónia, essa é a minha missão e que muito me orgulha… mas aquela vidinha de rum e hortelã durante metade do ano não me sai da cabeça.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Quatro anos

Polónia Quatro anos já se passaram desde que passei a fronteira germano-polaca em Zgorzelec, um bocado que justifica um balanço parcial da minha estadia na Polónia. Quatro anos é o intervalo de tempo entre dois Mundiais de futebol, duas legislaturas, dois anos bissextos, é como um quadrado de tempo em que voltamos à casa de partida depois de percorrer todos lados. Muita coisa mudou no mundo entretanto desde esse longínquo dia de 2007 até ao momento em que componho estas linhas, por exemplo:

  • Steve Jobs apresentou a primeira edição do iPhone enquanto Bill Gates saía da cadeira do poder da Mirosoft. Posteriormente a Apple lançou o iPad e versões melhoradas do iPhone;
  • Portugal procurou Madeleine McCann, preparou o Tratado de Lisboa e escolheu as Sete Maravilhas do Mundo moderno sendo que a menina inglesa ainda não apareceu;
  • A Polónia entre outros abriu as suas fronteiras aos países da União Europeia ao abrigo do Tratado de Schengen;
  • Nasceu uma nação na Europa, o Kosovo;
  • O Acordo Ortográfico entrou em vigor;
  • Barack Obama tornou-se no primeiro presidente não-caucasiano dos Estados Unidos da América, ganharia pouco tempo depois o Prémio Nobel da Paz e acompanharia em tempo real a operação militar que culminou com a execução de Osama Bin-Laden;
  • Rebentou uma crise económica de proporções mundiais no mesmo ano em que Bernard Madoff foi revelado como o protagonista da maior fraude financeira da história;
  • Morreram Vasco Granja, Michael Jackson, Júlio Resende, Elizabeth Taylor, José Saramago, Amy Winehouse, Bobby Robson, Raul Solnado entre outros;
  • O casamento de homossexuais foi legalizado em Portugal;
  • Lech Kaczyński, à altura Presidente da República da Polónia, falece num acidente aéreo tal como um grupo de importantes individualidades do país;
  • A plataforma petrolífera Deepwater Horizon localizada no Golfo do México explodiu causando uma das maiores marés negras de sempre;
  • Um vulcão islandês condicionou o trânsito aério no espaço europeu cancelando milhares de voos e entupindo os meios de transporte alternativos;
  • Eclodiram revoltas populares no Maghreb, primeiro na Tunísia mas espalhando-se rapidamente por países vizinhos como a Líbia e o Egito culminando na deposição dos respetivos líderes políticos, Khaddafi e Mubarak respetivamente, dois dos estadistas há mais tempo no poder;
  • Um sismo de dimensões extraordinárias flagelou o Japão provocando um tsunami que afetou a central nuclear de Fukoshima causando uma fuga radioativa. Morreram mais de 10.000 pessoas;

Swinojuście O Mundo mudou desde aquela noite 8 de Outubro de 2007 em que, ao volante do Chrysler da Iza, entreguei o meu passaporte a um guarda fronteiriço polaco. Trazia o carro cheio de coisas, malas de roupa, sacos com livros, trazia uma bagagem de ilusão e de vontade de construir, de criar, de fazer o que não podia fazer na cidade e no país onde nasci tendo sempre a consciência das limitações mas com grande crença nas minhas capacidades. Devagarinho o tempo parece-me dar razão à minha escolha, a experiência tem sido excelente e o meu futuro passa cada vez mais por Varsóvia e pela Polónia.

Lembro-me como se fosse hoje, o último almoço com amigos e a última gesto que tive antes de me fazer à estrada: Visitar a minha avó e pedir-lhe que olhasse por mim nesta aventura, ela tem-no feito e eu prometo não a desiludir.

Quatro anos. Não me arrependo, muito pelo contrário.