A igreja ortodoxa com os caracteres cirílicos e respetiva missa, as
paredes de tijoleira agredida por balas soviéticas, os tróleis a recordar os meus dias emTychy, um pouco do passado a desfilar em frente da minha vista. Senti-me transportado ao mundo imaginário do Soviete Supremo, da Guerra Fria, do Comité Central do PCUS. Discursos de Brejnev a Andropov, de Kruschev a Gorbachov.
O trajeto de volta para a Polónia passou por uma aldeia turística 20km a oeste de Vilnius chamada Trakai. Esta aldeola é populada por apenas 5000 almas e vive sobretudo do turismo criado em torno dum magnífico castelo construído nos finais do séc. XIV numa ilha que se situa num dos 5 lagos que cercam o povoado. Imagens esplêndidas de serenidade que forçaram a uma visita mais atenta e também a uma dose de história medieval da Europa de Leste.
Após a aprendizagem foi hora de regressarmos a Varsóvia com passagens por Suwałki, a cidade mais fria da Polónia e Augustów, capital dos lagos. A primeira pareceu-me uma cidade engraçada, pequena mas arranjada, com sinais de desenvolvimento dados pelas ruas largas e em bom estado. O facto de ser o ponto mais frio de toda a Polónia, e dá para percebê-lo se virmos os boletins meteorológicos, não me inspirou a parar para visitar a cidade com mais calma. Bem pelo contrário, fez-me conduzir o mais rápido possível para longe. Augustów é bem diferente onde se tem de parar para comer uma truta (ou carpa) frita. Dizem os peritos que é o melhor local do país para se comer peixe e confirmo que o pescado me servido numa esplanada sobre a doca estava realmente saboroso.
Os quilómetros sucedem-se por cidades com nomes medonhos. Łomża, Ostrolęka, Legionowo. Seis horas depois a placa verde a dizer Warszawa e o suspiro por ter chegado a casa depois dum saco de aborrecimento no banco de trás para onde entretanto fui para poder esticar os alicates. A próxima viagem vai ser de comboio, conduzir na Polónia é só para valentes.
5 comentários:
só isso da Lituânia, não tem mais nada pra falar desse país?
Exacto... estas muito politicamente correcto Misha.
E as gajas são boas?
hugo,
a viagem foi um pouco a atirar para o curto e rápido, não deu para ver muito mais. preciso voltar com uma semana para me embrenhar a fundo na vivência daquekle povo para perceber melhor o país.
ricardo,
fdx, até parece q este blogue é um roteiro para as borgas e devassidão na europa de leste (hmmmm... deste-me uma boa ideia para outro blogue)!
e não, as gajas não são melhores que as polacas. nie ma jak w domu!
Abre lá esse blogue que prometo comentar e contar umas histórias... anonimamente, claro... 8-)
Ai Lituânia... Trakai é bastante engraçado. Klaipeda também...
Mas o que é mais engraçado ainda são as loiras de lá a dançarem nas pistas do Pacha, da Helios, etc...
Take a look : www.olialia.lt
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