segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Simon Vukcevic

O embargo ao Sporting cá em casa caiu ontem porque não resisti ao apelo do Leão. Nestas alturas sente-se um chamamento irresistível e não consegui ficar alheio. O Sporting precisava de mim e mesmo longe, mesmo pressentindo uma tareia descomunal não poderia faltar!

Tinha um palpite que o Polsat Sport daria o clássico na TV porque eles dão sempre um joguinho da liga portuguesa por fim-de-semana. Tendo em conta que o Sporting-Porto é um partidazo em qualquer circunstância, havia todos os motivos para os polacos transmitirem a partida. Realmente, 1 min antes do kick-off lá estava o Miguel Vaidoso abraçando o Cigano Quaresma avisando-o de que naquela noite seria ele o enganado.

Papei o joguinho à verdadeiro tuga. Espojado no sofá, de boxers e lata de cerveja na mão, mil pontapés nos puffs e a Iza a ameaçar o divórcio sempre que os bimbos se aproximavam do (grande!) valente Patrício; Esgotei as velas depois da frangalhada do Helton e do controverso golo russo (é fora-de-jogo, sim, mas ficam umas pelas outras. Charinguem-se!) com as sucessivas benesses do Lucho e do Licha; Esfreguei os olhos vezes sem conta para tentar perceber quem era o senhor lateral direito que estava a jogar de verde e branco; Orei uma ou duas rezas ao omnipotente Polga, que veio do céu tirar uma bolinha com a barriga de cima da linha de golo; Regalei-me com a combatividade e personalidade do imperador Marat, o caçador de dragões (grandes frutas que ele arreou no cigano, hahaha!); Sosseguei-me com a segurança do Tonel e até esperancei-me num eventual pastilho dum inesperado Ronny; Sorri com satisfação ante a regressada classe do Miguel Veloso; Aplaudi a eterna disponibilidade do Levezinho em fazer carrinhos no meio-campo; Contei com a habitual categoria e durabilidade do pequeno-grande Moutinho e emocionei-me com um novo ídolo: Simon Vukcevic!

A imagem dele correndo e lançando-se para o Directivo vale mais que muitas conferências de imprensa. As suas pujança e entrega em campo não tem tradução em "passivo" e "project-finance". É de jogadores destes que a mística do Leão consiste, é nesta raça que os sportinguistas se identificam, é neste querer que nós nos revemos.

Só por ter varejado a vedação e ter comemorado o seu golo junto dos adeptos - afinal, aqueles que consistem realmente o clube que é o Sporting e quem paga o salário de toda a corte de dirigentes - Simon merece um lugar de destaque do Sporting dos últimos anos. A empatia criou-se naquele momento mágico e aguardo o estandarte do nº 10 leonino nas curvas de Alvalade nos próximos jogos.

Sim, estamos a 11 pontos. Cagando para isso, ganhámos de novo uma equipa. E o Sporting ganhou um novo ídolo.



PS - Não me esqueci do Romagnoli, simplesmente não recordei nada que fosse digno de realce.

1 comentário:

Anónimo disse...

Bom.. tivemos aqui em directo o resumo do jogo.. ehehe e só quero recordar um momento identico que vivi com o podengo farmaceutico ( as tantas temos de alterar isto, para o "podengo varsovez") no SPORTING- AZ no 2ª golo do Pinilla, quando levanto os braços para festejar o golo da passagem ( mais tarde isso se provou) descemos 3 ou 4 filas ainda n sei como.. ficámos roxos, mas sem duvida um momento.... um momento....um momento... abrazus