sábado, 10 de novembro de 2007

Ponto e vírgula

Quero, antes de mais, agradecer ao pessoalzinho que deixou mensagens de apoio no texto anterior. Pior que a tristeza infligida por uma notícia chocante é a angústia da impotência, a distância que obrigou-me a falhar momento tão importante. Os toques que me deram serviram de consolo. Valeu, maltinha!

Consolo foi também regressar hoje a Tychy nem que fosse para deliciar-me com a comida caseira da mãe da Iza e ser recebido com um engraçado "olá, varsoviano!". Vim também buscar o resto da roupa, acartar o PC e respectiva tralha eletrónica porque provavelmente 2ª de manhã irá um técnico a casa instalar internet (finalmente!), tv por cabo e telefone porque faz parte do pacote mesmo que não faça tenção de utilizá-lo muitas vezes. Se o técnico for um bacano pode ser que o convença tratar logo da minha parabólica para poder receber os canais portugueses em casa e começar a acompanhar mais a actualidade do nosso País (diz que descobrimos petróleo no Brasil, é verdade?!) e a liga portuguesa. Por curiosidade, na liga polaca o Wisła Kraków vai à frente com 8 pontos de avanço sobre o 2º classificado, o Korona de Kielce, e mais 9 pontos que o clube mais representativo de Varsóvia, o Légia, quando faltam 2 jornadas para cumprir-se a 1ª volta do campeonato. O título parece entregue e qualquer semelhança entre esta realidade e a Superliga portuguesa parece ser mera coincidência.

A vida em Varsóvia tem sido de descoberta contínua, aparte a extraordinária seca que tem sido viver sem net nem sinal de televisão. Tivémos a sorte de encontrar um apartamento pertíssimo do metro, autocarro e elétrico, permitindo que o carro fique o dia todo na garagem. E digo sorte porque uma vez experimentei buscar a Iza ao emprego, na Baixa da cidade, e levei hora e meia para percorrer os 6 km de regresso a casa.

As primeiras impressões ficam para depois. Agora vou preparar o resto da bagagem para levar de novo para Varsóvia (Tychy fica a 300 km SW da capital) e ver se durmo uma grande beca porque tive de acordar às 6:00 e aproveitar o máximo de luminosidade para conduzir. Sabem o que é guiar com neve no piso e a cair em cima da marmita? Não é vida fácil, se pisamos um pouco fora da linha o bote bandeia-se todo e é um castigo para dominá-lo.

Ainda por cima os polacos a conduzir são kamikazes autênticos, mas isso fica para o próximo episódio.

3 comentários:

Anónimo disse...

Sempre pensei que pior que nós não existia mas neste Verão finalmente vi que há igual ou pior que nós ao volante... para não falar das estradas.

Anónimo disse...

Se ligares para Braga , o indocativo mudou , antes do nº , marcar 3.0

PM Misha disse...

ena, que anedota original!!!!!