sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A contar de trás para a frente

O que pode um emigrante escrever nesta altura do ano que não soe a lugar-comum? Pouco ou quase nada. Não quero escrever novamente sobre o frio e a neve porque esse é uma matéria recorrente e também porque terei muitos dias pela frente com tais condições para poder desenvolver o assunto. Também não quero ir pelo tema fácil das expetativa que o Natal transporta, o regresso a Faro, as comidas caseiras, os abraços amigos, não porque não os valorize mas porque é um tanto déja-vu nesta quadra. Tampouco vou lamentar o preço das coisas, a facada que cada prenda representa para o orçamento, prendas compradas com gosto mas com sacrifício porque os preços parece que sobem exageradamente quando se aproxima o Natal.

Um algarvo na Polónia em Dezembro só pensa em ligações aereas comportáveis para poder trincar bacalhau e filhoses na companhia dos seus. Eu não sou exceção e rejubilo com a antevisão duma mesa farta de petiscos nacionais à minha espera na Praia de Faro, antecedido duma sublime almoçarada entre um plantel de luxo reunido em casa amiga, o salto habitual à do Rogério para as minis natalinas com os compinchas de

sempre, uma furtiva e clandestina incursão a Olhão para comer um arroz de marisco à do Amador onde nós temos de desviar o marisco para encontrar um bago de arroz.

Entretanto cá andamos submersos em frio, –12º hoje para manter a firmeza, até a pele estala!

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