segunda-feira, 18 de maio de 2009

Po Algarvisku

esta entrada vai ser escrita em bom algarvio no seguimento das comemorações da subida do Olhanense à prmêra.

ul. Krucza Contra a tendência sentida nos últimos fins de semana, deixei-me ficar em casa na noite de sexta. Mandei as tentações que me surgiram em forma de mensagens, e-mails e telefonemas pró camano e decidi respeitar esta embalagem a que chamam de corpo porque ele já reclamava descanso há muito tempo. Soube muito bem ficar em casa descansadinho, vendo televisão e fazendo aquele zapping típico dos homens que têm a gaveta do nada aberta, a ver o tempo passar, bocejando preguiçoso e curtindo o sossego do lar. Tinha uma cama só para mim e espojei-me em cima dela como um sapo esticando-me o mais que podia, havia algumas 10 horas de possível sono e dei-lhe em forte na lãzeira.

Sábado trouxe a festa da Gosia e os deveres do "alquimista" foram os de proporcionar três panelões de sangria à multidão que lá estava. As maganas jogaram-se esgalfetadas ao tacho com a sede em pinhoca e emborcaram a sangria em menos de um farelo. Foi bonita a festa, pá, porém calminha e serena porque elas não matam, moem e eu não queria muito estrafego naquela noite.

Domingo depois do laréu, porque ultimamente o graveto tem sido à estica, ainda fiz uma perninha no trabalho e aproveitei para passear pela cidade vazia. O céu nem estava embrulhado, dava mesmo fé de caminhar por Varsóvia e bem dito bem feito. Em boa hora o fiz pois descobri pequenos encantos em rincões escondidos e ganhei um gozo tremendo ao andar pela Plac Zbawiciela que é das praças mais lindas e carismáticas da Cidade Capital.Marszalkowska Atravessar a Marszałkowska para o lado da Politechnika, agora que a linha do elétrico está em obras, é mais interessante para que se possa admirar as fachadas cheias de ramicoques socialistas daqueles prédios do pós-guerra. A rua Krucza entrega-me ao Centro de Varsóvia e bota-me no meio do banzé causado pelos carros que passam nas horas pela Avenida Jerozolimskie. Vejo o Palácio ao longe mas marimbo-me para ele, aborrece-me dar-lhe de vaia e por isso atravesso a rua a fugir antes que venha um carro e que me dê uma panada. Passo pela rua Jasna e de novo o Palácio vem bispar-me à ravessa mas eu sou mais torto que ele e abalei sem dizer água-vai.

Depois dum cafezinho com a Kasia, já à boca da noite, surgem as luzes do lusco-fusco a dar novo encanto à cidade, o metropolitano, as americanices que levam uma alma a casa, a Natolin. Chego ao bairro calmo e nem viv'alma se vê na rua, as pessoas ainda estão em viagem de regresso a Varsóvia depois de terem passado o fim de semana à da famila. Eu volto para o sofá, amalho-me bem amalhadinho e em menos de nada começo a fiar borra passando os olhos pela televisão uma vez por outra.

Como é possível que haja pessoas que não gostam de Varsóvia?

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