segunda-feira, 4 de maio de 2009

Dia da Mãe

Ontem foi Dia da Mãe, dia de lembrar e saudar a mãe, a mulher, a progenitora e a educadora. Devido à ausência física, o beijinho teve de ser dado por sms mas a reflexão fica aqui patente.

Não vou fazer elogios lamechas ou tecer loas à minha mãe, a relação que tenho com ela apenas nos diz respeito e tenho pudor em publicá-la. Quero apenas enaltecer o seu papel na edificação da pessoa que sou, com todos os meus defeitos e virtudes, porque à medida que a idade vai crescendo eu vou ganhando uma forma diferente de ver a vida e de entender todas as suas vicissitudes. Ser mãe não é nada fácil e papar os grupos que a minha papou muito menos, porém isso é outro par de mangas.

A estória de escrever um livro, plantar uma árvore e ter um filho nunca foi perfilhada por mim porque ter filhos nunca foi minha prioridade. Esse é um tema que causa alguma pena à minha mãe pois ela vai entrar nos 60 este ano e gostaria de ter um netinho, é um desejo legítimo e natural mas que não poderei concretizar tão cedo. Não sei se deixarei descendência pois a indefinição eterna que parece ser a minha vida não permite desenhar planos tão irrevogáveis, portanto não me parece que o papel de mãe ao quadrado será desempenhado pela minha mãe num futuro próximo.

dia da mãe O que posso fazer, e tentarei fazê-lo até ao fim, é ser o melhor filho possível tendo a consciência que nunca serei o melhor filho do mundo ou um filho perfeito. A minha mãe também não é a melhor mãe, mulher, progenitora ou educadora do mundo nem é perfeita (apesar de ter andado lá perto há 35 anos e meio acabou por borrar a opa 7 anos depois) mas de todas as mães que eu conheço é aquela que escolheria para criar os meus filhos, com todos os seus defeitos e virtudes. Está na massa do sangue, já a mãe dela era a âncora da nossa família, uma mulher que se deitava à meia-noite e às 4:30 da manhã já bulia em velocidade máxima.

Não sei se já serei ou algum dia virei a ser motivo de orgulho para a minha mãe mas estou muito orgulhoso de ter vindo daquele metro e meio... vá, metro e sessenta e seis de gente.

Bjinhos, mânha. E bichas no cu, um cento!

Sem comentários: