segunda-feira, 4 de março de 2013

A partir de agora é assim!

Manda a condição de sportinguista que apoie o Sporting Clube de Portugal e que fique satisfeito com os inêxitos dos rivais, condição essa com a qual não concordo na totalidade pois a minha praia é o Sporting e estou-me nas tintas se os outros ganham ou perdem. Ultimamente e se tiver mesmo mesmo mas mesmo de escolher prefiro que ganhe o FC Porto. Melhor dizendo, preferia. Um sportinguista que se preze reconhece no slb o seu ancestral arquirrival, pode ter amigos benfiquistas mas não se mistura com eles quando o tema é futebol, quer que o slb perca porque sim, porque está no ADN sportinguista o contentamento com as derrotas encarnadas, a miséria do clube de Carnide é motivo de regozijo no Lumiar, sempre assim foi e sempre há-de ser. Porém, este vosso sportinguista vai alinhar noutra corrente e começar a preferir as glórias do "Glórias" às do Porto. Passo a explicar porquê.

Nos últimos 25 anos temos assistido à elevação do FC Porto como potência maior do futebol português, sucessivos triunfos nas competições nacionais e conquistas internacionais guindaram os portistas ao patamar superior da bola nacional, um feito que se deve à ação obstinada de Pinto da Costa que não teve pejo em tornar público o seu objetivo enquanto líder do clube das Antas: Ultrapassar o slb em número de campeonatos conquistados durante o seu mandato. Objetivo ambicioso, complicado mas possível de se atingir aos olhos do presidente portista. No entanto havia uma entidade a obstaculizar esta cruzada, um clube que não tinha mais campeonatos que o slb mas tinha mais títulos que o FC Porto - O Sporting. Então a estratégia foi delineada, eliminar o obstáculo que se interpunha no caminho, um pouco como Hitler quis fazer a Varsóvia, cidade que incomodamente se colocava entre Berlim e Moscovo atrapalhando os planos nazis de construir um corredor entre a capital germânica e a metrópole russa. O Sporting passou então a sofrer na pele os efeitos nefastos dum plano maquiavélico que, mesmo que não tivesse sido concebido para o afetar diretamente, implicavam a anulação do seu valor enquanto potência futebolística, coisa que até nem era muito difícil de conseguir porque o Sporting não tem a massa adepta do rival encarnado, não tem o poder de mobilização, não tem o histórico nem tem a base de apoio de que o slb dispõe e com uma ou duas décadas de sequeiro dissolve-se o tecido adepto, ninguém vai querer ser do Sporting e é menos um clube no caminho.

O plano era para ser cumprido doesse a quem doesse e o modus-operandi era claro e estava à vista até dos menos atentos. Tráfico de influências, coação, compra de resultados, trocas de favores, putas e viagens pagas a árbitros, toda uma teia escura de ilegalidades e crimes que se cometeram para conseguir três pontos (antes dois pontos) ao domingo. Os penaltis inexistentes, os erros obscenos, as arbitragens escandalosas, os Calheiros, Martins dos Santos, Donatos Ramos, Jacintos Paixões, Graças Olivas, Josés Pratas, Augustos Duartes, Paulos Paratys, Isidoros Rodrigues, Paulos Costas, a trupe obediente e submissa que construiram um império de campeonatos sujos à custa do suor empregue pelos adversários que entravam em campo com as regras previamente subvertidas a seu desfavor, jogando contra 13 e 14, sem hipóteses de se baterem de igual para igual. O futebol enquanto jogo estava sempre viciado em desafios em que o FC Porto participasse, sempre! É impossível enumerar os jogos em que o Porto foi clara e despudoradamente beneficiado, é impossível inventariar a quantidade de pontos amealhados de forma ilícita, com juízes condicionados que adulteraram a verdade desportiva sucessivamente e durante anos.

O FC Porto é um clube que fundamenta os seus princípios desportivos na batota e no total desrespeito pelas regras do jogo, é um clube de gente criminosa, mafiosa, perigosa. É um clube que despeja creolina nos balneários do adversário para o inferiorizar, que coloca um Guarda Abel em posição estratégica para coagir o oponente, que tem um chefe de claque que anda de Porsche e está registado como desempregado, que compra resultados, que vicia as regras, que só não é punido (como a Juventus) porque Portugal é um país de gente aparvalhada e incapaz de dar um coice na injustiça. O FC Porto é um clube reconhecidamente trapaceiro que foi (ridiculamente) condenado, e o seu presidente, por corrupção desportiva. A sua batota impune e zombeteira, oportunamente identificada e denominada por Dias da Cunha como "O Sistema", contribuiu para o empobrecimento do meu Sporting, muito mais do que a palhacice idiota dos vizinhos da Norton de Matos, esses mais dignos de dó do que de ódio.

E por isso, caríssimos amigos, afirmo para quem quiser ouvir que se o Sporting não puder ser campeão ou ganhar os troféus que disputa, que os ganhe o slb. Eu sou uma pessoa com alguns princípios, levanto-me de madrugada para ganhar a vida de maneira séria e honesta e não posso tolerar que os batoteiros ganhem e saiam a rir de todos, fazendo pouco daqueles que se aplicam e transpiram na nobreza do seu trabalho, muito menos posso apoiar esse comportamento. Que ganhem os encarnados, então. São foleiros mas não são batoteiros.

PS - Cada vez que me lembro que estive por uma unha negra de limpar o sebo ao Pinto da Costa aqui em Varsóvia...

2 comentários:

Anónimo disse...

Juntos (SLB e SCP)seremos mais fortes a lutar contra a corrupção e compadrio desse clube que envergonha a cidade do Porto.

Agora pergunto, uma vez que estão na moda as manifestações - Quantos adeptos do FCP saem para a rua de voz afinada e punho cerrado contra a corrupção politica em Portugal, e que ao mesmo tempo idolatram Pinto da Costa?!

Pois, quando é a nosso favor a corrupção não conta. O nosso problema foi, é e sempre será cultural.

Abraço

PM Misha disse...

muito boa pergunta! quantos daqueles que se manifestaram contra a corrupção política não apoiam a corrupção desportiva do fc porto?