terça-feira, 20 de março de 2012

Rocambole

Bruno Ladrão É uma personagem fictícia, uma criação de Ponson du Terrail, protagonista de fantásticas aventuras passadas na França da segunda metade do séc. XIX. Por vezes herói, muitas vezes vilão mas nunca discreto nas suas peripécias, deixou a sua vida relatada em volumes de literatura de metaficção, um género que recorda ao leitor que está perante uma peça imaginada e não real. Do seu nome origina o adjetivo rocambolesco que qualifica tudo o que seja inverosímil, inaceitável ou inadmissível como por exemplo, um discurso rocambolesco, um passeio rocambolesco e por aí fora. Infelizmente muitas coisas rocambolescas há em Portugal, a justiça no nosso país é rocambolesca, a evidente cartelização do preço dos combustíveis é rocambolesco, a diminuição do poder de compra dos portugueses em oposição a reformas douradas ou subsídios vitalícios de ex-administradores públicos é rocambolesca, a impavidez e sonambulismo com que os próprios portugueses assistem à exterminação da sua classe média sem o mínimo sinal de inconformismo é rocambolesco, arrisco a dizer que o próprio Portugal é um país rocambolesco.

Participante em aventuras e peripécias mirabolantes é Bruno Miguel Duarte Paixão, um engenheiro residente no distrito de Setúbal do qual não se conhecem proezas no campo social ou profissional mas ao qual todos são unânimes e consensuais na apreciação ao desempenho que assina no seu passatempo, que é apitar jogos de futebol. É mau, muito mau árbitro e voltou a prová-lo ontem em Barcelos onde deu asas à sua sede de protagonismo e de ser o centro das atenções. É um problema de foro psicológico e não é caso único, homens apagados que não atingem destaque nas suas vidas profissionais e pessoais, vivem vidas sem conteúdo e sem interesse até que chega uma altura da semana em que saltam para as parangonas, o nome em primeira página, finalmente o realce, a atenção. Bruno Paixão tem um profundo e grave desvio comportamental, mesmo sem ser especialista na matéria volto a sugerir que será um desequilíbrio psicológico, que não seria grande mal para o mundo se esse mesmo desvio não causasse prejuízos para a vida dos outros. Infelizmente Bruno Paixão prejudica gravemente a vida de muita gente a cada fim de semana, sempre que é chamado a arbitrar um jogo de futebol, e prejudica de norte a sul sem deixar ninguém indiferente. Clubes pequenos ou clubes grandes, de Lisboa ou do Porto, jogadores e treinadores, pessoas que obtêm o seu sustento da indústria-futebol, Bruno Paixão prejudica todos de forma equitativa fruto da sua vontade de aparecer e de dar nas vistas, sempre com um enjoado ar de prepotência e de uma altivez que faz perder a cabeça a um monge. Na minha opinião ele fá-lo de propósito. Sinceramente não acredito na teoria de que “ele não age premeditadamente”. Age sim, é visível que as decisões que toma são premeditadas e pode-se constatar através da sua linguagem corporal, dos esgares de arrogância com que fuzila os futebolistas que lhe ousam dirigir a palavra, no ar absorto com que conduz a partida coartando minuciosamente as jogadas de ataque daqueles a quem ele quer lesar, um ar de quem não está em uso equilibrado das suas faculdades mentais.

O cidadão Bruno Miguel Duarte Paixão tem urgentemente de deixar de apitar jogos de futebol porque não tem condições psicotécnicas para o fazer, é senso comum que abandone esta prática que já tanto denegriu. Se porventura ele continuar a ser convocado para arbitrar, e aí não será inteiramente culpa dele mas dos incompetentes e autistas que insistem em reconhecer neste rapazinho (porque é mais novo do que eu) qualidades que farão dele um árbitro de primeira liga, então sugiro que se faça um favor ao futebol português: Que se localize o paradeiro de Bruno Paixão e que se aja por forma a inutilizá-lo para a prática da arbitragem a bem de todos os clubes que este sujeito já ofendeu. Se a Pedro Proença deram um merecido murro no focinho então a Bruno Paixão deverá ser apresentada… a forca.

Instigação à violência? Não sei, o que é que vos parece? Eu cá não sou escoteiro…

3 comentários:

Ryan disse...

E o Sá Pinto que tira um jogador que estava a ser influente não se fala disso, só da arrogância do árbitro.
Há que manter um certo equilibrio. Os clubes gastam mihões (milhares ou centenas) em jogadores e treinadores. Quando há falhas graves ou baixas de forma o mais fácil é culpar o árbitro. No Benfica-Porto a culpa da derrota foi do árbitro? De forma nenhuma. Os golos que se falham e bolas que não se cortam. E os defesas que fazem certas faltas dentro da área?
Grandes ou pequenos culpem os jogadores, treinadores e direcções dos clubes. Afinal há gente que talvez seja menos habilidosa do que os árbitros. A culpa nunca é nossa é sempre dos outros parece ser esta lenga lenga do povo Português.

PM Misha disse...

ryan,
e onde é que eu digo que o Sporting perdeu por causa do árbitro? o que eu digo é que ele é mau árbitro e que prejudica equipas premeditadamente, até digo que é de forma equitativa, que não prejudica mais uns em favor de outros. ele é um árbitro mal-intencionado e desvirtua a verdade desportiva em cada jogo que participa, isso é evidente e não há quem o possa negar.
não foi (só) por culpa dele que o Sporting perdeu em barcelos mas ele já há muito tempo que merece uns bananos nos cornos.

Ryan disse...

Olha o melhor e guardar as energias para outras coisas porque a de fazer esperas aos arbitros, repito, virou moda pela incompetencia dos jogadores do teu Sporting, do meu Benfica e do resto dos clubes que alinham na liga portuguesa.
Facam mas e esperas aos politicos e a quem realmente nos rouba. O futebol nao da nada a niguem a nao ser aos jogadores. A politica so nos tira e nos temos de guardar essas energias para isso. No post apesar de nao dizeres directamente das a entender que os arbitros controlam os jogos etc etc... ainda que digas que este e assim e aquilo. E os jogadores em Portugal nao sao o mesmo?
Mas como dizia o outro... a culpa nunca e nossa, e do arbitro, e do campo e de quem nos deu uma sova.