quarta-feira, 14 de abril de 2010

Estupidez

Cretino Estúpido é Tarcisio Bertone, o Secretinário de Estado do Vaticano, esse país guardião da Moral e dos Bons Costumes católicos, quando diz que os múltiplos casos de pedofilia envolvendo membros da Igreja Católica são culpa de homossexualidade e não do celibato sacerdotal. Todas as meninas que foram abusadas pelos padres terão certamente opinião contrária e não espantam as ondas de protestos que vieram de todo o planeta e que adensam a revolta contra o autismo minelar da Igreja. O Vaticano não consegue lidar com o problema nem com o impacto mediático à escala global que o caso ganhou, fecha-se nos seus dogmas, cai de gafe em gafe no descrédito e enrola-se numa cortina de fumo com o qual tenta repetir a fórmula de sempre. Nega as evidências ao recusar admitir o escândalo e classifica todas as notícias de “tentativas de minar a confiança dos fiéis”.

Estúpido Estúpidos foram Costinha e João Moutinho ao tentar vender a ideia de que perderam o dérbi porque o árbitro prejudicou o Sporting, dando como exemplo um lance de Luisão, esquecendo que Miguel Veloso entrou sobre Éder Luís como se estivesse a fazer audições para o “Karate Kid” sem sequer levar um aviso. Se Luisão devia ter sido expulso nesse lance? Eu não comento porque antes desse lance já o central benfiquista tinha agredido Tonel na área sportinguista com um murro, mas branquear uma exibição fraca como a que o Sporting protagonizou na segunda parte justificando-a com a arbitragem é uma demonstração de mau perder que não cai bem num clube que apregoa valores diferentes (para melhor). O Sporting caiu no ridículo com as declarações de Moutinho no flash-interview e pior ficou depois de Costinha ter feito aquele teatro na sala de imprensa, pôs o país inteiro a rir-se dele e recuou aos maus velhos tempos nos quais se justificava a incompetência dentro das quatro linhas com casos de más arbitragens. Pensava-se que o Portugal futebolístico ia passar o ano a rir-se das bacoradas de Jorge Jesus mas é do lado de Alvalade que vêm as maiores bacoradas. Feio mas mesmo feio, mais feio do que bater na mãe. Os sportiguistas não merecem ser tratados assim e com certeza não se revêem nas declarações infelizes dos seus responsáveis.

Estúpido foi o acidente que cobriu a Polónia de um luto que irá durar até domingo e do qual a população tenta reagir.

Por favor, leitor. Diga-me que eu não sou o único não-estúpido à face da Terra!

7 comentários:

Ricardo disse...

Em relação ao prelado... Se calhar não tens razão Misha! Eles sabem muito bem do que estão a falar!!! :))

PM Misha disse...

que me desmintam, era o melhor que podia acontecer ao catolicismo.

Tiagowski disse...

Em relação à bola... agrada-me constatar que ainda existem muitos Sportinguistas como tu que não se deixam levar por aquilo que aquelas pessoas que lá estão dizem na tentativa de branquear uma época que foi muito muito triste para o clube.

João Tavares disse...

Verdade seja dita, a má prestação da segunda parte ninguém nos tira...

Mas aquele amarelo é um amarelo mais para o alaranjado... lol

E já sabes... é o velhinho "sistema"

O mal está feito e há que enfrentar a realidade, 2 bolas contra nada, E agora é:

"estávamos a beira do abismo, mas demos um passo em frente" xD

Rui Vilela disse...

Fiquei indeciso se vou comentar o teu Sporting ou o Vaticano :D

Anónimo disse...

A religião é o placebo do povo; o futebol é uma distração para as massas. Deveria ser assim, mas há sempre quem se aproveite e tente manipular o sistema para proveito próprio.

Entre histórias mal contadas, violações dos direitos de outros, abusos de poder, hipocrisias e afins, venha o diabo e escolha.

Podemos dizer que os clubes de futebol (sporting, porto, benfica, etc) estão para o futebol como o vaticano está para a religião - os que acreditam estão cegos e defendem-no com unhas e dentes; os que vêm a hipocrisia simplesmente não a aceitam.

Ryan disse...

A maluquice que é a lei do celibato dá nestas e noutras notícias que não vão parar por este mundo.
Quanto ao Sporting... tenho saudades dos tempos em que os clubes de Lisboa lutavam entre si até aparecer o outro clube na contenda com desnecessidades criando guerras regionais, etc, etc.