
Mas tudo o que é bom tem fim e resulta que, mesmo atrasada e indesejada, a neve acabou por aparecer e polvilhar Varsóvia com finíssimos filetes de água gelada que prejudicam o andamento de pessoas e veículos. Quase dez minutos gastos hoje de manhã só para a retirar da capota, do pára-brisas, dos retrovisores e faróis, das janelas e do capô. Hoje vai ser o meu primeiro treino de futebol debaixo de neve, as merdas a que um gajo já com idade para ter juízo se submete em nome duma paixão. Luvas, colãs, protetores de pescoço e gorro, vou parecer um jogador da seleção das Ilhas Faroé mas essa não há-de ser a figura mais triste que fiz (e farei) na vida.
A neve. Sentia tantas saudades dela como tenho saudades de ter papeira.
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