Carrefour Express de Tarchomin, tardinha de cacimba e alguma rijeza que o outono decidiu entrar ao serviço. O único algarvio das redondezas sai do supermercado com o carrinho das compras cheio de fruta e legumes (sopinhas, agora que o tempo vai arrefecendo) mais um garrafão de cinco litros de água. Chega-se ao carro e pelo canto do olho bispa um papítrio montado em duas canadianas a aproximar-se, com certeza para cravar uns trocos. Diz o agarrado, em polaco:
- Boa tarde, senhor. Posso fazer-lhe uma pergunta?
Responde o algarvio impaciente e aborrecido, em português:
- Desculpa, amigo. Não faço polaco, não sei o que estás a dizer.
E toca de meter as compras na bagageira do carro. O arrumador de carrinhos de compras hesita um pouco e torna, conciso e preciso:
- Hmmm... Excuse me, sir. Would you be so kind as to let me park your shopping car?
Levantei a cabeça, olhei para ele e só consegui dizer-lhe:
- Um... Sure...
Uma das escassíssimas vezes em que alguém me deixou sem resposta foi protagonizada por um polaco toxicodependente. Toma lá que já almoçaste!
- Boa tarde, senhor. Posso fazer-lhe uma pergunta?
Responde o algarvio impaciente e aborrecido, em português:
- Desculpa, amigo. Não faço polaco, não sei o que estás a dizer.
E toca de meter as compras na bagageira do carro. O arrumador de carrinhos de compras hesita um pouco e torna, conciso e preciso:
- Hmmm... Excuse me, sir. Would you be so kind as to let me park your shopping car?
Levantei a cabeça, olhei para ele e só consegui dizer-lhe:
- Um... Sure...
Uma das escassíssimas vezes em que alguém me deixou sem resposta foi protagonizada por um polaco toxicodependente. Toma lá que já almoçaste!
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